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Excelência e desafios na gestão da Informação com foco na saúde pública

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Por
Daniela Lessa
Publicado em - Atualizado em

Responsável pela gestão de bibliotecas tracionais e de uma série de sistemas e observatórios virtuais antenados com o futuro, o setor de Informação do Icict contribui para a saúde pública ao armazenar, analisar e disponibilizar dados de forma organizada para uso do SUS, da comunidade científica, de estudantes e dos cidadãos.

A excelência do instituto no campo da Informação é expressa em projetos como o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (Rebec), uma plataforma virtual de acesso livre para registro de estudos clínicos envolvendo seres humanos. “Antes não existia uma plataforma nacional para esses registros e o pesquisador brasileiro tinha que mandar as informações para bases fora do país; agora, não só existe o Rebec, como a Anvisa exige a inserção dos dados das pesquisas nessa plataforma”, observa o diretor da unidade, Umberto Trigueiros.

No mesmo sentido está o Proqualis, cujo objetivo é ser um programa sentinela referente à qualidade e segurança do paciente para contribuir com o aperfeiçoamento das práticas de saúde. “Esse é um exemplo claro do uso da informação a serviço da saúde”, destaca Trigueiros, ao explicar que o Proqualis reúne e disponibiliza em seu site protocolos, procedimentos e normas de atendimento praticados em hospitais de referência para uso de toda a comunidade médica.

O instituto também tem fôlego para atender demandas urgentes de informação. O exemplo citado pelo diretor da unidade é a biblioteca temática Aedes Informa, cuja construção demandou um trabalho célere de revisão bibliográfica para selecionar referências de artigos científicos sobre zika, chikungunya, dengue, microcefalia, aedes aegypti e arboviroses publicados em várias plataformas. O objetivo foi concentrá-las em uma única ferramenta tecnológica, a base Zotero, e colocá-las à disposição imediata de pesquisadores, profissionais de saúde, estudantes etc.

Ao longo de seus 30 anos, portanto, o Icict vem fazendo jus ao nome e produzindo comunicação e informação científica e tecnológica em saúde por meio de diversas iniciativas nos seus setores profissionais e nos laboratórios de pesquisa em Informação e Saúde (Lis), em Informação Científica e Tecnológica em Saúde (LICTS) e Comunicação em Saúde (Laces), além de passar o conhecimento adiante por meio do seu programa de pós-graduação.

Para o futuro, entretanto, há mais desafios. Trigueiros aponta a necessidade de se promover o acesso às bibliotecas físicas e de se uniformizar os sistemas de busca dessas bibliotecas no meio digital. “Sabemos que pode haver resistências em razão do peso da tradição das bibliotecas, mas é preciso estar atento às mudanças e encontrar soluções para disponibilizar o acervo, muitas vezes valioso, das bibliotecas do instituto”, conclui.