Aliando novas tecnologias e o crescente interesse pelo tema da saúde única em pesquisas que relacionam aspectos da saúde humana, animal e ambiental, o Centro de Estudos do Icict realiza na próxima quarta-feira, 12/6, o seminário ‘Informação, Comunicação e Dados em Leishmaniose’, na Biblioteca de Manguinhos, situada no campus Fiocruz.
“A ideia é apresentar alguns resultados de projetos que trabalham com dados georreferenciados, através de um aplicativo mobile para vigilância e controle de agravos, além de palestras com dados recentes sobre a doença no homem e em cães”, explica o veterinário Paulo Abílio Varela Lisboa, idealizador do evento.
A programação inclui painéis com profissionais ligados à pesquisa em Leishmaniose, que irão abordar questões relacionadas ao diagnóstico e ações preventivas para a saúde dos cães como o uso de coleiras com repelente ou vacinação.
Pela manhã, compõem o bloco Paulo Lisboa e Anselmo Romão (Lis/Icict), que apresentarão a experiência do uso do aplicativo de monitoramento das leishmanioses humana e canina de acordo com o clima; Patrícia Nunez, da Coordenação da Vigilância em Zoonoses (Visa-Rio); Maria Ines Pimentel, pesquisadora do INI/Fiocruz, e Luiz Ristow, especialista em diagnóstico no estado de Minas Gerais.
O segundo bloco, à tarde, terá painéis sobre a prevenção, tratamento e epidemiologia da doença, com Renato Pedrozzi, do IOC/Fiocruz; Claudio Rossi, da CEVA/BR; Márcio Moreira, da Universidade Anhembi/Morumbi; Anaiá Sevá, da Unviersidade Estadual de Santa Cruz (UESC), e Renata Figueira, representando o projeto de Saúde Única da Fiocruz.
Sobre Leishmaniose
As leishmanioses são doenças que afetam animais mamíferos, especialmente humanos e cães. De transmissão vetorial, integram o grupo de doenças infecciosas negligenciadas, uma vez que ocorrem nos países mais pobres e atingem as populações mais vulneráveis e com difícil acesso aos serviços de saúde. Apresentam uma ampla distribuição global e a maioria dos casos ocorrem na África, Ásia e Américas.
Nas Américas, as leishmanioses estão presentes em 18 países e o Brasil, segundo dados da OMS, possui cerca de 90% das leishmanioses do continente americano. A forma clínica mais comum é a leishmaniose cutânea (LC), enquanto a leishmaniose visceral (LV) é a forma mais severa e quase sempre fatal, se não for tratada. Também ocorre a leishmaniose mucosa/mucocutânea (LMC), com evolução crônica, podendo causar deformidades e sequelas.
Inscrições: eventos.icict.fiocruz.br
(Certificados de participação serão enviados mediante cadastro no site)