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Eles chegaram e foram ocupando seus lugares. Em pouco tempo, já eram mais de 50% do público presente no I Simpósio Nacional sobre Saúde, Envelhecimento e estado de Bem-estar, realizado entre os dias 18 e 19 de abril.
A procura por inscrições para o evento já havia surpreendido a pesquisadora do Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento – Gise, do Icict , Débora Castanheira, que também é membro da coordenação científica do Simpósio, que em entrevista já tinha afirmado: “O interesse no evento de fato nos surpreendeu. Isso só mostra como o tema do envelhecimento populacional - e dos desafios para a saúde pública derivados dele - ganharam força na agenda nacional nos últimos anos”.
De Teresópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro, direto para o Simpósio, veio Mariana Andrade, enfermeira residente. Para ela, o Simpósio está servindo para “entender como os nossos idosos estão envelhecendo hoje”. Ela acredita que o que aprendeu durante o evento será um diferencial “para a sua experiência profissional”. Mariana faz residência em HomeCare e seu trabalho de final de curso será sobre a saúde da população negra. Já o estudante de Nutrição da Uerj, Wagner de Souza, está ampliando os seus conhecimentos, segundo ele: “É um tema que me interessa. Estou querendo saber mais, até já fiz um curso sobre Cuidados Paliativos. Quero poder trabalhar para o SUS com práticas integrativas, unindo a alimentação saudável e o envelhecimento saudável”.
A abertura
Com Rodrigo Corrêa de Oliveira, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, da Fundação Oswaldo Cruz, e que veio representando a presidente Nísia Trindade, Dália Romero, coordenadora geral do Simpósio e líder do Gise, além pesquisadora do Laboratório de Informação em Saúde (LIS)/Icit, Rodrigo Murtinho, diretor do Icict, Rodrigo e Ricardo Ojima, presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP), foi realizada a abertura do I Simpósio. O vice-presidente da Fiocruz pediu uma divulgação ampla dos resultados do Simpósio “para que possa ajudar as ações da Fiocruz junto ao Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Prestigiaram o evento, Maria Cristina Hoffmann e Miriam Di Giovanni, ambas da Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde (COSAPI), do Ministério da Saúde, e representantes da Promotoria de Justiça de Proteção ao Idoso, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, dentre outros.
Na abertura, a principal conferência foi “O papel da gestão da ciência, tecnologia e inovação no cumprimento dos ODS”, ministrada por Marco Aurélio de Carvalho Nascimento, representando o coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha. Nascimento chamou a atenção sobre as diferenças socioeconômicas entre os países e que impactam no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Social, preconizados na Agenda 2030. “Uma coisa que não fabricamos aqui e precisamos importar, mostra uma vulnerabilidade, uma dependência externa. Vamos poder contar com a compreensão humana desse outro país para superar essa dependência?”, perguntou. Ele exemplificou com o caso do preço do novo medicamento para imunoterapia de pacientes com câncer, lançado pela indústria farmacêutica Novartis em 2017, nos EUA. O preço é de 475 mil dólares. “Quando falamos em acesso à saúde, estamos falando também em acesso ao medicamento. É para alcançar a quem?”. Nascimento destacou que temos o “maior programa de saúde do mundo, assumido constitucionalmente, que é o SUS. São 200 milhões de brasileiros atendidos, 25 mil transplantes por ano, são 66% de brasileiros cobertos pelo programa Saúde da Família, um milhão de consultas médicas, 90% das vacinas produzidas no país... Isto não é apenas um sistema de saúde. É um sistema de inovação pronto para ser usado como monitor do desenvolvimento nacional”.
Acesse, ao lado, a galeria de fotos do evento e também as palestras já disponibilizadas no Youtube.
Leia nos links abaixo o que ocorreu nos dois dias do I Simpósio Nacional sobre Saúde, Envelhecimento e estado de Bem-estar, realizado entre os dias 18 e 19 de abril:
Penalização de idosos e questões de gênero marcam o primeiro dia de debates
Mortalidade de idosos e sistemas de informação foram a pauta do segundo dia do Simpósio
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)
Av. Brasil, 4.365 - Pavilhão Haity Moussatché - Manguinhos, Rio de Janeiro
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